domingo, 17 de agosto de 2008

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...Não precisamos da paixão desmedida...Não queremos beijo na boca...E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...Sem nada dizer...Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...Alguém que ria de nossas piadas sem graça...Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...Que nos teça elogios sem fim...E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridadeinquestionável...Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...Alguém que nos possa dizer:Acho que você está errado, mas estou do seu lado...Ou alguém que apenas diga:Sou seu amor! E estou Aqui!
William shakespeare

SONETO LXXXVIII Quando me tratas mau e, desprezado, Sinto que o meu valor vês com desdém, Lutando contra mim, fico a teu lado E, inda perjuro, provo que és um bem. Conhecendo melhor meus próprios erros, A te apoiar te ponho a par da história De ocultas faltas, onde estou enfermo; Então, ao me perder, tens toda a glória. Mas lucro também tiro desse ofício: Curvando sobre ti amor tamanho, Mal que me faço me traz benefício, Pois o que ganhas duas vezes ganho. Assim é o meu amor e a ti o reporto: Por ti todas as culpas eu suporto.
William Shakespeare